sábado, 12 de novembro de 2011

Quanto Amor!

  Quanto amor!
 Homenagem a Pe. Pio ( Fernando Moser)

Dos pobres amigo, do pecador abrigo
Foi sua vida uma oferenda agradável a Ti,  meu Deus.
Foi seu céu o altar, seu consolo, Tua cruz;
E esquecido de si tantas almas te apresentou

Quanto amor, quanto amor!
Por teus filhos Senhor
Por inteiro se entregou sem medida te amou
A tal ponto buscou de tua graça o favor,
Que suas mãos e seus pés floresceram de amor

De seu corpo, a dor
De sua alma o perdão
Elevaram fragrâncias tão doces a Ti, Senhor
Te louvamos ó Deus, por teu querido Pio,
Por seu exemplo de vida entregada em amor a vós.

Obs.: Essa música é em espanhol e o link do youtube está anexado no blog.

sábado, 22 de outubro de 2011

A confissão com Padre Pio


“Não nos diz o Espírito Santo que, quando a alma se acerca a Deus, deve preparar-se para a prova? Ânimo, pois! Coragem!, filha minha. Luta com fortaleza e terás o prémio reservado às almas fortes”São Pio de Pietrelcina

Padre Pio tinha o Carisma de Conhecer o interior das pessoas a consciência.“Aquelas a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (Jo 20,23)
Essas palavras de Jesus eram bem impressas no coração de Padre Pio, unicamente pela percepção de ter de ser ministro da Misericórdia Divina. Mas sabia se podia absolver ou não absolver, segundo a disposição do penitente. Era severo com os curiosos, hipócritas e mentirosos, e amoroso e compassivo com os verdadeiramente arrependidos. Seu confessionário não era uma máquina de absolvições, mas um lugar de conversas. Queria que o arrependimento por todos os pecados, quer mortais ou veniais, fosse verdadeiro. Nisto era clara sua percepção de absoluta santidade de Deus, da necessidade que a alma chegasse ao Juízo, purificada nesta Terra, além de estado de Graça, porque sabia bem como são grandes as penas do Purgatório. Ficaram conhecidos vários casos de pessoas que, confessando, acusavam-se assim:-“Padre, eu cometi pecadinhos usuais, as besteiras de sempre….”.
E ele, irredutível:
- “Pecadinhos? Besteira ofender a Deus? Vá embora”, e naquele momento não havia nada a ser feito.Suas confissões são como atos de anúncio e de salvação, de dor e de glória, de reprimenda e de amor. Atesta uma carta de Foggia, em 23 de agosto de 1916:“Deveria saber que não me deixaria um momento livre: um turbilhão de almas sedentas de Jesus me desabam, antes mesmo de colocar as mãos nos bolsos” (Ep. I). Ele se prodigaliza com a evidente certeza que o confessionário é um tribunal de Misericórdia Divina, mas ao mesmo tempo a sofrida função da caridade sacerdotal.
Para um penitente, disse:
“Não vê como está escuro? Vá colocar as coisas no lugar, muda de vida e depois volta que eu te confesso”.Padre Tarcisio, presenciou a cena, ficou abatido por aquela resposta, mas Padre Pio lhe disse:“Se tu soubesses como essas situações ferem primeiro o meu coração! Mas se fosse assim, muitos não se converteriam a Deus…”. Muitas vezes repetia: “Gerei-lhe no amor e na dor”. Eu posso também golpear os meus filhos, mas choro por todos os que me procuram! Quero carregá-los sem resistência, como uma pipa”.
Levava ao coração dos penitentes, esperança e fidelidade no perdão divino. Escreveu: “Você não tem tempo de amar o Senhor? Não O ama ainda? Não deseja amá-Lo para sempre? Não tenha medo por isso! Mesmo admitindo que você tenha cometido todos os pecados deste mundo, Jesus te repete: ‘são-te perdoados muitos pecados, porque muito você amou”’ (Ep.III).
E mais uma vez: “Tenho como certo que Deus pode regenerar tudo em uma criatura concebida no pecado e que carrega a carga hereditária permanente de Adão: mas não pode, absolutamente, rejeitar o desejo sincero de amá-Lo” (Ep. IV). Uma alma que lhe pedisse o que fosse no confessionário, respondia: “O trono deve ser a maestria de Deus”. A um jovem que chorava, Padre Pio perguntou:
- “Por que chora?”. Respondeu:
- “Porque não me deu absolvição”. Com carinho, Padre Pio consolou-o:
- “Filho, é assim, a absolvição não te foi negada para mandá-lo ao inferno, mas ao paraíso”.
O cardeal Lercaro, durante o Congresso Eucarístico diocesano de Trapani, em 1969, celebrando o padre, disse: “O confessionário era para ele um manancial de sofrimento interior, espiritual: a sua paixão. O pecado pesava sobre ele, o pecado que ele escutava, contestava e reprovava, por chamar a si aquela misericórdia de Deus; o pecado, que em nome de Deus perdoava, era uma ferida em sua alma… Ele unia seu sofrimento ao de Cristo para que a culpa dos irmãos fossem perdoadas”
A sede de almas o fazia rezar também longas noites de vigília. Um confrade é testemunha de sua súplica:“Jesus, Maria, piedade!”; “Oh, Jesus, te recomendo aquela alma, deve convertê-la, salvá-la…Se tiver que castigar os homens, castiga-me, ficarei feliz… Ofereço-me por inteiro a Ti, por todos eles”.
Padre Pio costumava dizer:
“Se soubessem quanto custa uma alma! As almas não foram dadas de presente: foram compradas! Vocês ignoram aquilo o que custaram a Jesus. Ora, precisam pagar-Lhe sempre com a mesma moeda?”.Escreveu ao padre Benedeto em 3 de junho de 1919:
“Todo o tempo é curto para libertar os irmãos das garras de Satanás. Bendito seja Deus… A maior caridade é aquela de tirar as almas de Satanás e ganha-las a Cristo. E neste ponto, sigo assiduamente, de noite e de dia… vi esplêndidas conversões” (Ep.I). E tinha um verdadeiro propósito. Muitos de nós se confessa com rapidez, quase como um hábito. Com ele isso não era possível. Uma vez um jovem disse:
-“Sabe? Tive que voltar três vezes para que Padre Pio me desse a absolvição. Eu não entendi porque me mandava ir embora; eu parecia ser sincero, arrependido. Na terceira vez havia em mim uma certa decisão para corrigir-me de um defeito. Sem que dissesse nada, o padre foi breve e me liberou”. Ele podia fazer coisas assim porque se demorava muito, mas nem a todos era possível. Em algumas Missas, se alguém, após ter se confessado, precisasse de confessar novamente, deveria esperar passar ao menos sete dias. Sim, porque muitos voltavam a San Giovanni até serem absolvidos.Este é um fato que merece um aprofundamento maior. Muitas vezes seus confrades faziam observações a este respeito, recomendando-lhe que desse alguma indulgência. Mas ele respondia: “O faço para o bem dele; não acredita que eu sofro também? Mas se tu soubesses como ficam depois, como não sossegam!”.Há, casos de pessoas que partiram de San Giovanni Rotondo revoltados contra o Padre Pio por não terem obtido a absolvição, decididas a não voltarem mais. Mas depois entendiam, logo em seguida, e sentiam um desejo quase irresistível de retornar. Padre Pio amava o pecador, mas era intransigente com o pecado. Eram típicas certas frases suas: “Asseguro, tu vais para o inferno”; “Quando deixarás de fazer porcarias?”; “Não sabes que é pecado mortal? Vai embora!”. A multidão implorava, insistia, mas era difícil que mudasse de opinião daquela vez. Não guardava a fisionomia de ninguém: rico ou pobre, bonito ou feio, ele guardava as almas. Todos em fila, iguais, fosse um ministro ou um operário.
Muitos haviam dito:
“Que semelhança deve ter como o juízo de Deus, com as almas todas descobertas”. Um fator humano também contribuía: com a freqüência espera longa, de dias ou mesmo de semanas, havia a necessidade de serem breves, pelo grande fluxo, de modo que as pessoas preparassem bem o que iriam dizer. Era o momento de pensar, passar e repassar o próprio discurso. Se sabia, e diziam, que ele era dulcíssimo quando alguém estava realmente arrependido; prático em guiar as almas dizendo algum elogio; paciente, logo após a confissão, ainda escutava. Certamente, trabalhava muito com a Graça de Deus para predispor as almas, para fazê-las compreender a gravidade do pecado. Do Padre Pio confessor ficou impresso o gesto solene como qual dava a bênção pronunciando as palavras de absolvição. Todos os sacerdotes absolvem; mas a absolvição através de Padre Pio trazia uma paz que era um verdadeiro dom de Deus. Muitas vezes, com um pequeno gesto. Um sacerdote entendia ver, enquanto Padre Pio levantava a mão, uma pequena gota de sangue que se acendia no meio da chaga; ele percebeu um grande significado; deve ter sentido o quanto custava ao padre as confissões

domingo, 18 de setembro de 2011

Padre Pio o Santo do Rosário

Desde muito pequeno Padre Pio experimentava um profundo amor pela Santíssima Virgem Maria, sua “mammusia”, como carinhosamente a chamava, que significa no dialeto “mamãezinha”. Sua primeira peregrinação sendo um menino de 8 anos foi à virgem de Pompéia, a Virgem do Rosário, próximo a Nápoles.

Em sua casa de Pietrelcina, como em todas as famílias italianas da época, o Santo Rosário era a oração familiar. Se encontravam em volta da fogueira todas as noites antes de irem dormir rezando o Rosário.
Essa devoção se intensificou quando a Maria Santíssima apareceu em Fátima como a Virgem do Rosário e recomendou essa devoção como oração potente para obter todo bem e vencer todo mal. Assim, Pe. Pio fez do Rosário sua oração incessante e incansável dia após dia. Dizia o santo capuchinho: “Se a Virgem Santa tem sempre calorosamente recomendado onde quer que venha aparecido, não nos parece que deva ser por um motivo especial?”
Santo Pe. Pio de Petrelcina é conhecido como o "Santo do Rosário", afinal, a prática dessa devoção durante toda sua vida o fez um "Homem feito Rosário".
Uma vez o ouviram dizer: “quisera que os dias tivessem 48 horas para poder redobrar os Rosários”. Todos os dons e prodígios extraordinários para a conversão e cura das almas os obtinha através do Santo Rosário.
O Pe. Pellegrino, filho espiritual do Padre Pio, que viveu a seu lado muitos anos, revela que ele havia se consagrado a Nossa Senhora, segundo os ensinamentos de São Luís Maria Grignion de Montfort no Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, e foi escravo voluntário de Jesus e de Nossa Senhora “na vida e na morte”. E sugeria ao Pe. Pellegrino que fizesse o mesmo: “Eu te garanto que é infinitamente necessário e útil, para nós, colocarmo-nos nas mãos de Nossa Senhora como criancinhas”, conforme o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, segundo S. Luís Maria.
Poucos dias antes de morrer, foi pedido ao Padre Pio uma lembrança, uma espécie de testamento espiritual. Ele disse: “Amate la Madonna. Fatela amare. Recitate la Coronna. Recitatela bene” (Amai a Nossa Senhora. Fazei-A amar. Rezai o Rosário. Rezai-o bem).
O Padre Pio unia-se a Maria Santíssima quando administrava o sacramento da Penitência, e pedia a Ela que agisse nas almas para a sua conversão e santificação.
“Ame a Virgem Maria e reze o Rosário, porque o Rosário é a arma contra os demônios do mundo de hoje.”
Eis o segredo da extraordinária vida desse grande santo estigmatizado de nossos tempos.
Fontes consultadas: 
Extraído de www.corazones.org com tradução CMVD, Padre Pio de Pietrelcina e o Santo Rosário

Catolicismo - São Pio de Pietrelcina atrai multidões

domingo, 28 de agosto de 2011

Quaresma de São Miguel Arcanjo


Como surgiu a Quaresma de São Miguel?

 Quando São Francisco começou
… a Quaresma de São Miguel Arcanjo
Uma tradição franciscana, a Quaresma a São Miguel Arcanjo é um tempo especial de oração e penitência. Tem início, com a Festa da Assunção de Nossa Senhora 15 de agosto, e termina no dia 28 de setembro, véspera da festa aos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael dia 29 de setembro.
São Francisco foi um santo que, na sua vida mortal procurava nutrir muito sua alma, para não esfriar o seu amor por Jesus, com um espírito de oração e sacrifício muito grande. Para tanto, ele realizava, por ano, três quaresmas, além de outro período de jejum e oração em honra da Mãe de Deus, pela qual tinha um doce e especial amor, que ia da festa de São Pedro e São Paulo Apóstolos à festa da Assunção de Nossa Senhora. Foi de um modo muito especial que, na Quaresma de São Miguel Arcanjo, Deus coroou Francisco de graças abundantes, dentre elas a de marcá-lo em seu corpo, pelo profundo desejo de imitar ao seu Filho Jesus Cristo, com os sinais de sua Paixão. Todas essas quaresmas eram realizadas no Monte Alverne. (Alverne: “verna” vem de “vernare”, verbo utilizado por Dante e que significa “fazer frio”; gela.)
São Miguel, sobretudo, a quem cabe o papel de introduzir as almas no paraíso, era objetivo de uma devoção especial, em razão do desejo que tinha o santo de salvar a todos os homens. Era do conhecimento de Francisco a autoridade e o auxílio que o Arcanjo Miguel tem em exercício das almas, em salvá-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retirá-las de lá.
Esse era o principal motivo pelo qual Francisco realizava sua quaresma e isso nos é relatado na legenda Terusiana no número 93 de sua biografia, na qual o santo vai dizer no ano de 1224, ano em visita ao eremitério: “Para honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma”.
Nós podemos nos encontrar todos os dias aqui no nosso Site e rezar juntos numa rede de intercessão essa poderosa oração.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
Amém.
São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate!

Reze a Quaresma de São Miguel Arcanjo

Inicio da Quaresma:
Não podemos esquecer estamos rezando a Quaresma de São Miguel, por isso, você pode providenciar um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa e também de São Padre Pio. Durante quarenta dias vamos nos unir numa rede de intercessão e clamar pelas nossas famílias e todas as nossas necessidades.
* Acender uma vela diante de uma imagem ou estampa de São Miguel Arcanjo;
* Oferecer uma penitência;
* Fazer o sinal da cruz;
* Rezar estas orações todos os dias:

ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
LADAINHA DE SÃO MIGUEL
Senhor, tende piedade de nós.Jesus Cristo, tende piedade de nós.Senhor, tende piedade de nós.Jesus Cristo ouvi-nos.Jesus Cristo, atendei-nos.Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.São Miguel, rogai por nós.São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo,
para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração:
Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos
.
Ao final, reza-se:
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.

Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.
V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.R. Para que sejamos dignos de suas promessas.
Oração: 
Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Consagração a São Miguel Arcanjo
Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção. É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa alma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.

domingo, 10 de julho de 2011

Misericórdia Divina: nossa alegria!

"Nos momentos difíceis,fixarei o meu olhar no aberto e silencioso Coração de Jesus na Cruz,e das chamas fulgurantes que irrompem do misericordioso Coração de Jesus,fluirão para mim força e vigor para a luta" Sta.Faustina Kowalska(D.906).

Imaginamos muitas vezes que as dificuldades, os sofrimentos,as desilusões ou mesmo os diversos padecimentos pelos quais passamos,sejam unicamente sinais,consequentes  dos nossos pecados ou ainda que os mesmos tenham poder para afastarem o Senhor de nós.Quantas vezes não pensamos assim não é?Ora,poderia uma mãe ir para longe do seu filhinho quando este evidencia suas fraquezas?Não seria justamente o contrário?Tanto mais necessitemos dela, tanto mais estará a mesma ao nosso lado!Se isto pode ser aplicado aos pais que nos deram a vida,pode ser ainda de forma mas perfeita tributada ao Senhor.O Apóstolo são Paulo  diz que nada pode nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus e,nossa querida santa Faustina a exemplo de tantos dos nossos irmãos e irmãs que levaram a sério o que diz a palavra de Deus,viveu coerentemente com tal verdade.
Irmãos amados,nos esforcemos para viver em conformidade com aquilo que cremos pois as tempestades fazem parte do cotidiano e são por vezes,necessárias ao nosso crescimento físico,moral e espiritual.Como crescer sem cair,como amadurecer sem sofrer?...Mas,em meio aos turbilhões que se formam e,para além de tudo,REINA O SENHOR. Confie nele e deixe-o assumir a direção das coisas que compõem seu viver...tente também ajudar os outros a fazerem esta experiência de confiança deste modo a alegria que provem do alto haverá de ser luz e mostrar o verdadeiro sentido de viver na fé.
 Ore comigo:
 Senhor conheceis o meu viver e o meu sofrer,sei que estás comigo sempre então ajudá-me a encontrar a verdadeira alegria que jorra do vosso misericordioso amor assim,crendo e vivendo faz-me apóstolo e anunciador da esperança aos meus irmão.Maria,minha Mãe ensina-me a compreender que tudo deve ser para a honra e glória de Cristo Senhor.Assim seja.Amém!
                                         Jesus, eu confio em Vós!

sábado, 11 de junho de 2011

Festa de Pentecostes


Pentecostes, do grego, pentekosté, é o quinquagésimo dia após a Páscoa.Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja.
A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre.
Em cumprimento à promessa de Jesus,o Espírito foi enviado sobre os apóstolos.Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja,
que é continuadora da sua missão. 
A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento,uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14),dia de alegria e ação de graças, portanto,
uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido.Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16). 
No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume,  os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus,estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico.De acordo com o relato, durante a celebração,ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso"."Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas. Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo.Nele, acontece a plenificação da Páscoa,pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração,na vida e na missão dos discípulos. Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972):"Sem o Espírito Santo, Deus está distante,o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta,a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder,a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo,e a ação moral uma ação de escravos".O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão. Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado.É a preparação para a vinda do Espírito Santo,que comunica seus dons à Igreja nascente. 
O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos,
descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: 
ruídos vindos do céu,vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos,o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.
Fonte:Comunidade Católica Shalom

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aniversário de Nascimento de S. Pio de Pietrelcina


ANIVERSÁRIO SÃO PIO DE PIETRELCINA
Em 25 de maio de 1887 nascia Padre Pio e tal como o apóstolo Paulo,
desde jovem colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a
Cruz do Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor
por Maria foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco.

Aos 16 anos entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores
Capuchinhos tendo vestido o hábito franciscano no dia 22 de janeiro
passando a ser chamado de Frei Pio.

Abrasado pelo amor de Deus e do próximo, Padre Pio viveu em plenitude
a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão
especial que caracterizou toda a sua vida e que ele cumpriu através da
direção espiritual dos fiéis, da reconciliação sacramental dos
penitentes e da celebração da Eucaristia. O momento mais alto da sua
atividade apostólica era aquele em que celebrava a Santa Missa. Os
fiéis, que nela participavam, pressentiam o ponto mais alto e a
plenitude da sua espiritualidade.

Para Padre Pio, a fé era a vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da
fé. Empenhou-se assiduamente na oração. Passava o dia e grande parte
da noite em colóquio com Deus. Dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na
oração, encontramo-Lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus".

A fé levou-o a aceitar sempre a vontade misteriosa de Deus. Viveu
imerso nas realidades sobrenaturais. Não só era o homem da esperança e
da confiança total em Deus, mas, com as palavras e o exemplo, infundia
estas virtudes em todos aqueles que se aproximavam dele.

O amor de Deus inundava-o, saciando todos os seus anseios; a caridade
era o princípio inspirador do seu dia: amar a Deus e fazê-Lo amar. A
sua particular preocupação: crescer e fazer crescer na caridade. Ele
prestava-se a todos, fazendo renascer a fé, espalhando a graça,
iluminando. Mas, sobretudo nos pobres, atribulados e doentes, ele via
a imagem de Cristo e a eles se entregava de modo especial.

Exerceu de modo exemplar a virtude da prudência; agia e aconselhava à
luz de Deus. O seu interesse era a glória de Deus e o bem das almas. A
todos tratou com justiça, com lealdade e grande respeito.

Nele refulgiu a virtude da fortaleza. Bem cedo compreendeu que o seu
caminho haveria de ser o da Cruz, e logo o aceitou com coragem e por
amor. Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma. Ao
longo de vários anos suportou, com serenidade admirável, as dores das
suas chagas.

Quando o seu serviço sacerdotal esteve submetido a investigações,
sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação.
Frente a acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado,
sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e
de sua própria consciência.

Consciente dos compromissos assumidos com a vida consagrada observou
com generosidade os votos professados. Foi obediente em tudo às ordens
dos seus Superiores, mesmo quando eram gravosas. A sua obediência era
sobrenatural na intenção, universal na extensão e integral no
cumprimento. Exercitou o espírito de pobreza, com total desapego de si
próprio, dos bens terrenos, das comodidades e das honrarias. Sempre
teve uma grande predileção pela virtude da castidade. O seu
comportamento era em todo o lado e para com todos, modesto.

No dia 20 de Fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do
Padre Pio, Paulo VI, dirigindo-se aos Superiores da Ordem dos
Capuchinhos, disse dele:

"Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do mundo inteiro se reúnem
ao seu redor! Mas por quê? Por ser talvez um filósofo? Por ser um
sábio? Por ter muitos meios à sua disposição? Não! Porque celebrava a
Missa humildemente, confessava de manhã até à noite e era – como
dizê-lo?! – a imagem impressa dos estigmas de Nosso Senhor. Era um
homem de oração e de sofrimento".

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os dons do Espírito Santo

Os Dons do Espírito Santo 

Entenda os setes dons do Espírito Santo e seu significado em nossas vidas.

Sabedoria. Ela nos leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e a buscar os reais valores da vida. O homem sábioou a mulher sábia é aquele(a) que pratica a justiça, tem um coração misericordioso, ama intensamente a vida, porque a vida vem de Deus. 


Inteligência. Este dom nos leva a entender e a compreender as verdades da salvação, reveladas na Sagrada Escritura e nos ensinamentos da Igreja.
Ex. Deus é Pai de todos; em Jesus, Filho de Deus,somos irmãos ..

Ciência. A capacidade de descobrir, inventar, recriar formas, maneiras para salvar o ser humano e a natureza. Suscita atitudes de participação, de luta e de ousadia, frente à cultura da morte. 


Conselho. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Ele permite dialogar fraternalmente, em família e comunidade, acolhendo o diferente que vive em nosso meio. Este dom nos capacita a animar os desanimados,a fazer sorrir os que sofrem, a unir os separados ... 


Fortaleza. É o dom de tornar as pessoas mais fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. Ajuda aos jovens a ter esperança no futuro, aos pais a assumirem com alegria seus deveres, às lideranças a perseverarem na conquista de uma sociedade mais fraterna. 


Piedade. É o dom da intimidade e da mística. Coloca-nos numa atitude de filhos buscando um dialogo profundo e íntimo com Deus. Acende o fogo do amor: amor a Deus e amor aos irmãos. 


Temor de Deus. Este dom nos dá a consciência do quanto Deus nos ama. "Ele nos amou antes de tudo". Por isso, precisamos corresponder a este amor.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Espinho na carne

"Ontem eu lia a bíblia, encontrei um dos relatos mais lindos de São Paulo. O que eu li fica em 2Cor 12,5-10. São Paulo fala sobre as provações que enfrentava. E no caso ele cita que Deus permitiu que fosse lhe dado um “espinho na carne”, para que com a grandeza das revelações, dos milagres que por ele acontecia, Paulo não ficasse orgulhoso. Para ficar mais esclarecido convido vocês a lerem como está na bíblia:
“Mas de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. Pois, ainda que me quisesse gloriar, não seria insensato, porque diria a verdade. Mas abstenho-me, para que ninguém me tenha em conta de mais do que vê em mim ou ouve dizer de mim. Demais, para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse:Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte.”

Eu fico muito tocado com essa passagem, cada vez que leio consigo extrair uma mensagem de São Paulo, a cada palavra eu imagino o que poderia ser esse tal “espinho na carne”, penso que talvez pudesse ser algo como uma deficiência física que dificultasse escrever, ver, falar, etc., ou poderia ser uma tentação espiritual em que o demônio o atentava constantemente, enfim existe esse grande mistério do qual eu me delicio lendo essa passagem. Andei pesquisando para ver se tinha algum estudo sobre este “espinho” e acabei encontrando alguns artigos, algumas discussões em fóruns, algumas opiniões, contudo o que apenas consegui com isso, foi ter a certeza de que ninguém sabe. Achei pelo menos 12 hipóteses consideráveis, mas nenhuma me satisfez. Ontem com aquele incomodo causado pelo mistério e pela minha curiosidade e vontade de saber mais, comecei pensar e cheguei a uma conclusão: Paulo, não quis escrever o que era o espinho, para que cada um de nós colocasse os nossos próprios espinhos e assim tornar uma leitura diferente para cada um que ler. Paulo tenta nos mostrar não os espinhos dele, mas o espinho de cada um. Eu posso ler essa passagem e lembrar-se de algum espinho na carne que tenho, você pode ler e lembrar de outro espinho na carne que tens. Entende a grandeza dessa passagem? Creio que o Espírito Santo inspirava Paulo a escrever isso, com o intuito de tocar a todos de uma maneira particular. Quanta sabedoria!
O que me emociona é todo este mistério que nos faz aproximar de Deus. Deus nos dá essa oportunidade de fazer parte ativamente da Sua Palavra, pois ao mesmo tempo que vejo a dificuldade de Paulo posso sem muito esforço colocar-me no lugar dele, tornando assim, alguém como São Paulo, que mesmo na fraqueza reconhece-se como um homem forte.
São Paulo nos atenta sobre as nossas fraquezas, por que se há algo que nos devemos gloriar são delas, pois são nelas que somos fortes. Quando estamos na nossa fraqueza Deus derrama a sua Graça. Quando aquele momento de desespero chega e você, assim como São Paulo, pede ao Senhor que aquilo não aconteça, o Senhor não vai acabar com aquela dor, mas vai dizer “Basta-te a Minha Graça”. E quer coisa melhor do que viver sob a Graça de Deus? Nisso que consiste toda a nossa caminhada cristã: viver sob a Graça e Providencia Divina. Olhar pro céu e saber que tem um olhar benevolente sobre nós. Ah! Como isso é bom. Como isso nos faz mais fortes! Agora venha reze comigo, silencie seu coração, desligue um pouco seu som e fale a Deus estas Palavras:

“Senhor, hoje quero me prostrar diante da Tua presença. E quero Lhe dizer que aceito os meus espinhos, sei que eles são para o meu bem, sei que eles me santificam. Mas, Senhor, eu peço a Sua Graça. Derrama em mim a Sua graça para que eu seja mais forte, mesmo na fraqueza, mesmo na dor, mesmo no desespero. E eu já Lhe agradeço Pai, por que sei que me fortaleces a cada dia. Obrigado. Glória a Deus! Amém.”

Amados, não sei a fraqueza que vivem, se é carnal ou espiritual, aceite-as, pois são para sua santificação. Deus está cada vez mais nos fortalecendo nas nossas fraquezas. Por que “Quando sois fracos é que sois fortes.”
Matheus Barbosa

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A descida do Senhor à mansão dos mortos ( Antiga Homilia no grande Sábado Santo)

    Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão.Um  grande silêncio porque o Rei está dormindo;a terra estremeceu e ficou silênciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou na mansão dos mortos.Ele vai antes de tudo a procura de Adão,nosso primeiro pai,a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte.Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos,agora libertos dos sofrimentos.
    O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa.Quando Adão, nosso primeiro pai,o viu,exclamou para todos os demais,batendo no peito e cheio de admiração: "O meu Senhor está no meio de nós". E Cristo respondeu a Adão: " E com teu espírito".E tomando-o pela mão, disse: "Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
    Eu sou o Teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho;por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder,ordeno aos que estavam na prisão: 'Saí', e aos que jaziam nas trevas: 'Vinde para luz!'; e ao entorpecidos:'Levantai-vos!'
    Eu te ordeno: Acorda,tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te,saiamos daqui;tu em mim e eu em ti,somos uma só indivisivel pessoa. Por ti eu o teu Deus, me tornei teu filho; por ti,eu, o Senhor,tomei tua condição de escravo. Por ti, eu ,que habito no mais alto dos céus,desci a terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra;por ti,feito homem,tornei-me como alguém sem apoio,abandonado entre os mortos.Por ti,que deixastes o jardim do paraíso,ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim,crucificado.
    Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi,para restituir-te o sopro da vida original.Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar,conforme minha imagem,tua beleza corrompida.
    Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti,para retirar dos teus ombros o peso dos teus pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz,por causa de ti,como outora estendestes levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.
    Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado,como Eva surgiu do teu,ao adormeceres no paraíso.Meu lado curou a dor do teu lado.Meu sono vai arrancar-te do sono da morte.Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
    Levanta-te,vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso;eu porém,já não te coloco mais no paraíso, mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore,símbolo da vida;eu porém que sou a vida,estou agora junto de ti. Constitui anjos que como servos,te guardassem.
    Está preparado o trono dos querubins,prontos e apostos os mensageiros,construido o leito nupcial,preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade.

sábado, 19 de março de 2011

Via Sacra

 

 











A devoção da Via Sacra consiste na oração mental de acompanhar o Senhor Jesus em seus sofrimentos conhecidos como a paixão de Nosso Senhor, a partir do Tribunal de Pilatos até o Monte Calvário.
Esta maneira de meditar teve origem no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis que peregrinavam na Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém. Em suas pátrias, compartilharam esta devoção à Paixão. O número de 14 estações fixou-se no século XVI.É possível, entretanto, encontrar versões da Via Crucis com quinze estações. O ritual, realizado por milhares de peregrinos há mais de quinhentos anos, consiste em percorrer, assim como Jesus, as quinze estações que recriam os momentos desde a sua condenação à morte até o seu enterro, parando em cada estação para meditar ou rezar.

"São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão."
                            Jesus a Santa Faustina


"A Vía Sacra não é um exercício triste .Para o cristão a alegria tem as suas raízes em forma de cruz. Se a Paixão de Cristo é caminho de dor, também é a rota da esperança e da vitória segura."



















terça-feira, 15 de março de 2011

Oração pelas almas do purgatório



















ORAÇÃO DE SANTA GERTRUDES 
Nosso Senhor disse a Santa Gertrudes que a seguinte oração libertaria 1.000 almas do Purgatório cada vez que fosse rezada. Esta oração foi extensiva também a pecadores ainda em vida).


Eterno Pai, Ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as santas missas que hoje são celebradas em todo o Mundo, por todas as santas Almas do Purgatório, pelos pecadores, em todos os lugares, pelos pecadores, na Igreja Católica, pelos pecados em todas as outras igrejas, pelos da minha casa e meus vizinhos. Ámem

segunda-feira, 7 de março de 2011

A CRUZ E O CRUCIFIXO


A primeira questão a ser introduzida na história do mundo e a qual nos trouxe tanta dor e inimizade foi: "POR QUE?".
Satanás foi o primeiro a levantar essa questão... "Mas por que Deus proibiu-lhes de comer do fruto de todas as árvores do Jardim?" (cf. Gn 3,1). Desde aquele dia até hoje nossas pobres mentes já formularam muitos "por quês", mas nenhum tanto quanto esse: "Por que existe a dor no mundo? Por que as pessoas tem que sofrer tanto? Por que a alegria é tão pouca e o sofrimento tanto?"
Esse problema da dor tem um símbolo e o símbolo é a cruz. Mas por que seria a cruz o símbolo perfeito do sofrimento? Porque ela é feita de duas barras: uma horizontal e outra vertical. A barra horizontal é a barra da morte... é como a linha da morte nos eletro-encefalogramas: reta, prostrada. A barra vertical é a barra da vida: erecta, de pé, inclinada para o alto. O cruzamento de uma barra sobre a outra significa a contradição entre a vida e a morte, entre a alegria e o sofrimento, sorriso e lágrimas, prazer e dor, nossa vontade e a vontade de Deus.
O único modo de se fazer uma cruz é sobrepor a barra da alegria sobre a barra do sofrimento. Em outras palavras: nossa vontade é a barra horizontal, enquanto a vontade de Deus é a barra vertical, na medida em que nós sobrepomos nossos desejos e nossas vontades contra a vontade de Deus, formamos assim uma cruz. Desse modo, a cruz se torna o símbolo da dor e do sofrimento.
Todavia, se a cruz é o símbolo perfeito do problema da dor, o Crucifixo então é a sua solução. A diferença entre a cruz e o Crucifixo é Cristo. Uma vez que Nosso Senhor, que é por si só o Amor, sobe na cruz, Ele nos revela como o amor pode ser transformado pelo amor num alegre sacrifício, como aqueles que semeiam em lágrimas podem colher com alegria, como aqueles que choram podem ser confortados, como aqueles que sofrem com Ele podem também reinar com Ele e como aqueles que carregam suas cruzes por uma breve Sexta Feira da Paixão possuirão a felicidade por um eterno Domingo de Ressurreição. O Amor é o ponto de intersecção onde a barra horizontal da morte e a barra vertical da vida reconciliam-se na doutrina de que toda a vida vem através da morte.
É aqui que a solução de Nosso Senhor se diferencia de todas as outras soluções para o problema da dor... até mesmo daquelas pseudo-soluções que se mascaram sob o nome de "cristãs". O mundo tenta resolver o problema da dor de duas maneiras: ou negando-o ou tentanto torná-lo insolúvel. O problema da dor é negado por um peculiar processo de auto-hipnotismo que costuma inculcar nas pessoas a idéia de que a dor é imaginária. Tenta-se torná-lo insolúvel através de uma tentativa de fuga e por essa razão o homem moderno sente que é melhor pecar do que sofrer. Nosso Senhor, ao contrário, não nega a dor e nem tenta escapar dela. Ele a encara e ao agir assim Ele nos prova que o sofrimento não é alheio nem mesmo ao Deus que se fez homem.
Vemos assim que a dor desempenha um papel definitivo na vida. É sem dúvida um fato marcante que nossas sensibilidades são mais desenvolvidas para a dor do que para o prazer e nossa capacidade de sofrer excede nossa capacidade de alegrarmo-nos. O prazer cresce até chegar a um ponto de saciedade e nós sentimos que se passasse daquele ponto se tornaria uma verdadeira tortura. A dor, ao contrário, continua crescendo e crescendo mesmo quando já choramos "o bastante". Ela atinge um ponto em que nós sentimos que não poderíamos mais suportar e ela vai se descarregando até matar.
Eu penso que o motivo pelo qual nós possuímos mais capacidade para a dor do que para o prazer é porque talvez Deus pretendia que aqueles que levam uma vida moral correta deveriam beber até a última gota do cálice da amargura aqui nesse mundo porque no Céu não existe mais amargor. Por outro lado aqueles que são moralmente bons nunca gozam o máximo do prazer aqui embaixo porque sabem que uma felicidade muito maior os aguarda no Céu. Mas deixando de lado as conjecturas, seja lá qual for a razão, a verdade que permanece é que na cruz Nosso Senhor demonstra um tipo de Amor que não pode tomar outra forma quando é contraposto ao mal, senão a forma de dor.
Para vencer o mal com o bem, uma pessoa deve sofrer injustamente. A lição do Crucifixo então é que a dor nunca pode ser separada ou isolada do amor. O Crucifixo não significa dor; significa sacrifício. Em outras palavras, ele nos diz em primeiro lugar que dor é sacrifício sem amor e em segundo, que sacrifício é dor com amor.
Primeiro, dor é sacrifício sem amor. A Crucifixão não é a glorificação da dor pela dor. A atitude cristã da mortificação algumas vezes é mal interpretada como sendo uma idealização da dor... como se nos tornássemos mais agradáveis a Deus quando sofremos do que quando nos alegramos.
Não! A dor em si mesma não possui nenhuma influência santificante! O efeito natural da dor é nos individualizar, centralizar nossos pensamentos em nós mesmos e fazer de nossa enfermidade o pretexto pra tudo quanto é conforto e atenção. Todas as aflições do corpo, tais como penitências e mortificações em si mesmo não tendem tornar o homem melhor. Aliás, frequentemente tornam o homem pior. Quando a dor é divorciada do amor ela leva o homem a desejar que os outros estejam como ele está, ela o torna cruel, cheio de ódio, amargura. Quando a dor não é santificada, ela deixa cicatrizes, queima todas as mais finas sensibilidades da alma deixando-a brutalmente desfigurada. Dor como simples dor então não é um ideal: torna-se uma maldição quando é separada do amor, pois ao invés de tornar uma alma melhor a torna pior.
Agora contemplemos o outro lado da figura. A dor não é pra ser negada e nem pra fugirmos dela. É pra ser encarada com amor e vivida como sacrifício. Analise sua própria experiência e verá que muitas vezes seu coração e mente lhe dizem que o amor é capaz de superar de algum modo seus sentimentos naturais acerca da dor, que algumas coisas que poderiam parecer dolorosas tornam-se alegria quando você percebe que podem beneficiar o próximo.
Em outras palavras, o amor pode transformar a dor em sacrifício agradável, o que é sempre uma alegria. Se você perde por exemplo, uma certa quantidade de dinheiro, tal perda não poderia ser aliviada pela compreensão de que talvez aquele dinheiro foi encontrado por uma pobre alma que tinha mais necessidade do que você? Se sua cabeça está latejando de dor e seu corpo extenuado por uma noite de vigília ao lado da cama de seu filho doente, não seria essa dor aliviada pelo pensamento de que foi através desse amor e devoção que aquela criança conseguiu superar a enfermidade? Você jamais poderia ter sentido aquela alegria e nem ter tido a mínima idéia do tamanho do seu amor se você tivesse se negado a fazer aquele sacrifício. E se o seu amor não estivesse presente, então aquele sacrifício teria sido apenas dor, incômodo e aborrecimento.
A verdade gradualmente emerge quando percebemos que a nossa profunda felicidade consiste no sentimento de que o bem ou benefício do próximo foi conquistado através do nosso sacrifício. O motivo por que a dor é amarga é porque não temos ninguém para amar e por quem nós deveríamos sofrer. O amor é a única força do mundo que pode tornar a dor suportável e a faz mais do que suportável ao transformá-la na alegria do sacrifício.
Agora, se a escória da dor pode ser transformada no ouro do sacrifício pela alquimia do amor, então daí se segue que nosso amor se torna mais profundo, a sensação de dor diminui e cresce nossa alegria no sacrifício. Mas não podemos esquecer que não existe amor maior do que o amor Daquele que entregou Sua própria vida por Seus amigos. Portanto, quanto mais intensamente nós amarmos os Seus santos propósitos, quanto mais zelosos formos por Seu Reino, quanto mais devotados formos pela maior Glória de Nosso Senhor e Salvador, mais nos alegraremos em qualquer sacrifício que possa trazer uma só alma para seu Sacratíssimo Coração. Tal é o motivo pelo qual São Paulo se gloriava em suas enfermidades e alegrias e que os Apóstolos se alegravam quando podiam sofrer por Jesus por quem eles tanto amavam.
Não é de se admirar que os maiores santos sempre disseram que a melhor e maior das graças que Deus havia concedido-lhes era o mesmo privilégio concedido ao seu Divino Filho: ser usado e sacrifícado por uma causa mais elevada. Nada poderia dar-lhes maior satisfação do que renovar a vida de Cristo em suas próprias vidas, cobrir seus corpos com os mesmos sofrimentos sofridos por Cristo em Sua dolorosa Paixão. O mundo tenta eliminar a dor. O Crucifixo a transforma através do amor recordando-nos que a dor vem do pecado enquanto o sacrifício vem do amor e que não há nada mais nobre do que o sacrifício.
O Mundo não pode dispensar o Cristo em Sua Cruz. Eis o motivo porque o mundo é triste: por que se esqueceram de Cristo e da Sua Paixão. E quanto desperdício de dor há neste mundo! Quantas cabeças que padecem dos mais diversos tipos de dor sem jamais terem se unido à Cabeça coroada de espinhos pela Redenção do mundo; quantos pés latejam de dor sem jamais terem se aliviado pelo amor Daquele cujos pés subiram descalços a colina do Calvário; quantos corpos feridos existem que não conhecem o amor de Cristo por eles. Esses não conhecem o amor que pode aliviar suas dores. Quantos corações que sofrem e padecem porque não possuem aquele amor do Sacratíssimo Coração; quantas almas que só conseguem enxergar a cruz ao invés do Crucifixo! Almas que possuem dor sem sacrifício, almas que nunca aprendem que é pela falta de amor que a dor cresce, almas que perdem a alegria do sacrifício porque não sabem o que é amar. Oh! Quão doce é o sacrifício daqueles que sofrem porque amam o Amor que sacrificou-se por eles numa cruz. Apenas para essas almas é possível compreender os santos propósitos de Deus, apenas aqueles que caminham pela noite escura são capazes de contemplar as estrelas.
Publicado originalmente no site AgnusDei depois incorporado ao Veritatis Splendor. Tradução de Gercione Lima.